O Moto Grupo Christ Motors, realizou neste sábado, 02 de setembro, a 5ª edição do Moto Culto e Festa de Encoletamento.
O Moto Culto é um evento criado pelo Moto Grupo desde sua fundação para promover o encontro dos Moto Grupos e Moto Clubes, no qual tem o intuito de agradecer a Deus pelos quilômetros rodados percorridos pelos motociclistas, arrecadar alimentos para instituições de caridade e famílias carentes.
Neste V Moto Culto, houve o encoletamento de novos prósperos e fechamento de brasão dos membros antigos, sorteio de brindes, apresentação da banda Callice e no final foi fornecido um jantar 0800 para todos os convidados.
O evento foi aberto ao público em geral, independentemente de cor, raça ou religião e a organização pediu 1 kg de alimento não-perecível.
Toda a arrecadação será doada para a instituição Casa Ester. O encontro foi realizado na Igreja New Hope, Rua Francisco Sales, 675, Bairro Santa Quitéria, ao lado do Horto Florestal.
Agradecemos a todos Moto Grupos e Clubes que compareceram no evento, foi uma honra receber todos. Agradecemos também a todos os apoiadores e colaboradores do V Moto Culto e Festa De Encoletamento.
No último dia 30 de março o governo peruano fez publicar o “Reglamento para el ingreso, salida y permanencia temporal de vehículos de uso particular para turismo” por meio do DECRETO SUPREMO Nº 076-2017-EF, documento que estabelece novas regras para os estrangeiros que viajam em veículos ao Peru e para os nacionais daquele país que desejam viajar ao exterior.
Para o advogado e empresário da EME Amazônia, Cassiano Marques de Oliveira, um dos pioneiros no processo de integração terrestre com o Peru, essa nova norma é um feito a ser comemorado: “Melhor notícia do ano para o motociclismo, moto turismo e integração entre o Brasil, via Acre, com o Peru. Feliz de ver que apelos que fizemos ao longo dos últimos anos deram resultados. O Peru passa a reconhecer o direito aos brasileiros em viajarem em veículos em nome de terceiros, inclusive alugados, e procedendo o registro prévio on line, facilitando sobremaneira o acesso aquele país. Viva o turismo e a integração!” declarou em sua página numa rede social.
“Essa luta não é de hoje e compartilho essa alegria com os amigos e empresários Osvaldo Dias e João Tagino que se alinharam nesse esforço. Nos últimos anos, juntos investimos recursos privados em viagens à Brasília, Lima, São Paulo, Iñapari sempre participando de reuniões e mantendo o tema na agenda política dos governos, visando a facilitação dos procedimentos e a liberação do ingresso de veículos em nome de terceiros que não o condutor,” declarou ao Acreaovivo.com.
Já o empresário Osvaldo Dias, diretor do Grupo Star e que há 25 anos promove viagens de integração com país da América do Sul, a medida vem ao encontro e anseio dos empresários que sempre tiveram dificuldades de passar com seus veículos registrados em nome das empresas na fronteira: “Com essa nova norma mais pessoas farão a viagem ao Peru pelo Acre, fortalecendo nossa economia e os negócios com os gastos dos viajantes. Agora será possível com a agilização do procedimento de forma on lineque se perca pouquíssimo tempo na fronteira e possa se chegar no mesmo dia à Cusco, saindo de Rio Branco”, disse Dias.
Osvaldo Dias e Cassiano Marques foram homenageados pela Embaixada do Peru no Brasil como amigos distintos daquele país, pelos seus esforços nos processos de integração.
O dono da Tagino Adventure, acreano radicado em Porto Velho e cuja empresa faz locação de motocicletas para viagem à países América do Sul, o empresário João Tagino também externou sua alegria: “essa notícia é muito agradável para nós motociclistase principalmente para pessoas e empresas que são do ramo e que trabalham com o mototurismo, como a Eme Amazônia, a Tagino Adventure e Amazônia Adventure, entre outras. O Peru era o único entre os países da América do Sul que não permitia que um terceiro ingressasse com veículo em seu nome. Esse país é preparado para o turismo nas grandes cidades e destino e tem a preocupação de crescer corretamente nos novos serviços, combatendo a corrupção. Esse novo formato de internação vai permitir muito mais agilidade, facilitando grupos grandes, como os que conduzimos de 10, 12 pessoas ou mesmo grupos como as Expedições Interoceânicas que a Eme Amazônia e o Grupo Star promovem com dezenas de participantes. Até então permanecíamos 3 a 4 horas parados na aduana. Agora teremos uma Aduana ágil, correta, tratado com mais respeito os turistas, inclusive pelos agentes aduaneiros que não terão que perder tanto tempo nos processos de internação. Lembro quantos vezes estivemos eu, Cassiano e Osvaldo em reuniões em diversos lugares e muita vezes éramos mal interpretados pela veemência que defendíamos essa medida. Mobilizamos os amigos da política, deputados, senadores, governos estaduais e ministério do Turismo e de relações exteriores, representantes empresariais como Fieac e Fiero, cobramos, acionamos e acompanhamos diuturnamente e estamos muito, muito felizes com esse resultado e tenho certeza que isso vá aumentar o fluxo do moto turismo ao Peru e ao Brasil”, declarou Tagino.
Entenda as novas medidas
Trecho do Diario Oficial Del Bicentenario
O Regulamento para o ingresso, saída e permanência temporária de veículos de uso particular para o turismo está disposto em 4 títulos, 15 artigos, 1 disposição complementar final e 2 disposições complementares transitórias e as novas regras têm vigência a partir do dia 29 de maio (60 dias contados a partir do dia seguinte a da publicação, conforme estabelece art. 2º do referido decreto).
A norma diz respeito ao ingresso, saída e permanência temporária de veículos de uso particular para o turismo, definindo como beneficiário o turista qualificado como tal na autorização de ingresso temporário outorgada pela Autoridade Migratória e aquele residente no Peru em que a migração autorize sua saída temporária do país.
A norma mantém a definição de que o ingresso do veículo permitido é de uso particular, ou seja, não se presta a veículos de frete, retribuição ou contraprestação (como utilizado mediante cobranças de passagens).
Outra medida de destaque é a definição de que o veículo pode ser de propriedade do beneficiário ou apenas encontra-se sob sua posse legal, superando a restrição anterior que não permitia a condução de veículo em nome de terceiros (pessoa física ou jurídica), distinta do turista. O item 4.1 do regulamento deixa claro as condições do governo peruano:
“4.1 Para o ingresso e permanência temporária no país dos veículos, o beneficiário deve apresentar a Administração Aduaneira o seguinte:”
“1. Documento oficial apresentado perante a autoridade migratória.” (No caso de brasileiros o passaporte ou Registro Geral emitido no prazo de até 10 anos, destacando que não tem validade outros documentos nacionais brasileiros, como CTPS, carteiras profissionais ou mesmo a CNH para esse fim de identificação).
“2. Autorização migratória que consigne o prazo de estadia outorgado pela Autoridade Migratória.”
“3. Documento oficial que comprove a propriedade do veículo; ou contrato de aluguel ou documento que comprove a posse do veiculo, legalizado pelo consulado peruano ou apostilado pela autoridade competente no país da matrícula do veículo, conforme o caso.” (Nesse caso, o Detran de cada estado, na ausência de consulado, poderá emitir um registro complementar junto ao documento de propriedade indicando a posse ao beneficiário da norma).
“4.2 a Administração Aduaneira autoriza o ingresso e permanência temporária do veículo com a expedição do certificado subscrito pelo beneficiário com características de declaração juramentada. Com a expedição do referido documento o veículo se constitui como garantia vinculada em favor do Estado e pelo valor dos tributos que, se for o caso, afete a sua importação para o consumo e o beneficiário se constitui como depositário do veículo.”
O prazo para da internação temporária será sempre igual ao prazo estabelecido pela Autoridade Migratória. Destaca-se que no caso do veículo não ser do beneficiário, o contrato de locação ou mesmo a autorização/procuração para conduzir deve ter o prazo da estadia fora do país expressamente consignado. Assim é sempre importante que o turista declare o tempo que deseja permanecer em viagem ao Peru, podendo ser prorrogado a critério da Autoridade Migratória.
Os veículos que ingressarem no Peru devem obter o Seguro Obrigatório de Acidentes de Trânsito – SOAT, vigente por todo o tempo da permanência temporária no Peru. Esse seguro pode ser obtido na fronteira em Iñapari. Em Rio Branco, a empresa Eme Amazônia faz a intermediação do seguro previamente, facilitando o tempo de permanência na fronteira.
Norma prevê multa para quem não retirar do país o veículo no prazo
Outra novidade nessa nova Norma é a previsão de multa dentro do prazo de 30 dias uteis seguintes ao vencimento do prazo inicialmente consignado de permanência. Antes a pena nesses casos era de perdimento do veículo, o que causou grandes transtornos a turistas que tiveram problemas como pane ou acidente e não conseguiam se retirar do país no prazo de internação temporária. O perdimento ainda permanece se o beneficiário não pagar a multa no prazo de 30 dias e não se retirar do país em 48 horas após o pagamento da multa ou, ainda, utilizar o veículo com fim distinto do turístico particular.
Passo a passo para o registro on line
A empresa EME Amazônia elaborou um passo a passo para o registro prévio on line de veículos que pode ser efetivado no web site da SUNAT, utilizando o “Sistema de Información Anticipada de Vehículos y Pasajeros”.
Inicialmente tenha em mãos os documentos do veículo e pessoais (Passaporte ou RG).
Passo 3: clique ícone Operatividad Aduanera lista Mis Servicios
Passo 4: na lista TRABAJO EN LÍNEA, no ítem Sistema de Información Anticipada de Vehículos y Pasajerosclique em – Registrar
Passo 5 e seguintes: proceda o preenchimento dos formulários:
I. Buscar Veículos
II. Datos de Viaje
III. Datos de Vehículo
IV . Datos de personas
Ao final, imprimir os dados informados e com as confirmações enviadas ao endereço eletrônico, juntando cópias dos documentos do veículo e do condutor (RG ou passaporte, CNH). Anexar cópia da “tarjeta da migración” que será entregue quando da entrada e registro no Peru e apresentar-se no posto aduaneiro da fronteira para validação do procedimento.
Serviço
A EME Amazônia presta serviços turísticos com organização de viagens a países da América do Sul e consultoria a grupos de motociclistas e viajantes em outros veículos. Contato: (+5568) 98100-8000 (Whatsapp) |contato@emeamazonia.com.br | Facebook: emeamazonia
A Tagino Adventure realiza faz locação de motocicletas para viagens on e off-road, baseada em Porto Velho. Contato: (+5569) 99265-8888 | tagino88@hotmail.com | Facebook: adventuretourtagino
Consulado Geral do Peru em Rio Branco, Acre, único estado brasileiro que tem interligação terrestre oficial com o país vizinho, está estabelecido na Rua Maranhão, 280 - Bosque - Centro, Rio Branco, Acre, CEP: 69908-240, telefones (+5568) 3224-2727 / 3224-0777, Email: consulperu-riobranco@rree.gob.pe.
Modelo trocou malas rígidas por outras feitas de couro, ficando mais tradicional.
A Indian anunciou nova variante para sua moto Roadmaster. O modelo passa a contar agora com a versão Classic nos Estados Unidos. A principal diferença está na adoção das clássicas malas de couro, deixando a moto estradeira mais tradicional.
Esta novidade também será vendida no Brasil, mas ainda sem data definida.
Elas substituem as malas rígidas da Roadmaster, mas mantém material reforçado por baixo do acabamento de couro, não prejudicando a proteção dos objetos.
Apesar do visual "mais raiz", o modelo mantém tecnologia da Roadmaster, com tela multimídia sensível ao toque, luzes de LED e assentos com aquecimento.
O motor segue o mesmo V-Twin de 1.811 cc. Com 392 kg, a Roadmaster Classic tem 2.656 mm de comprimento.
Mala de couro da Indian Roadmaster Classic (Foto: Divulgação)
À esquerda, moto com roda de liga leve (Dafra Riva 150); ao centro e à direita, motos com rodas radiadas (Yamaha YBR 125 Factor e Honda CG 125 Fan) (Foto: Caio Kenji / G1)
Um leigo pode achar que pneus são todos iguais. Mas, seja os de motocicleta ou de outros veículos, eles são complexos. No vasto panorama de marcas, tamanhos e modelos, um aspecto técnico se destaca do ponto de vista da segurança: o interior dos pneus. Ler “tubeless” ou “tube type” na lateral deles, no meio de um emaranhado de números e letras, faz grande diferença – capaz até de salvar a sua pele.
Pneu "tubeless", sem câmara (Foto: Roberto Agresti)
“Tubeless” define o mais seguro pneu sem câmara de ar, enquanto “tube type” é o nome dado ao modelo mais manjado, com câmara. A principal diferença entre um e outro, em termos práticos, é que o pneu sem câmara, se atravessado por um prego, tenderá a esvaziar gradualmente. Já os pneus com câmara de ar esvaziarão praticamente de uma vez.
Quem anda de moto sabe bem a diferença: mesmo os mais insensíveis condutores são capazes de perceber quando o pneu perdeu pressão. A moto fica com a agilidade e maneabilidade comprometida, e basta parar em um posto e regular a pressão que tudo volta ao normal. Já o esvaziamento rápido, especialmente do pneu dianteiro, torna o controle da moto praticamente impossível. E as consequências podem ser bem ruins quanto mais elevada for a velocidade.
Pneu "tube type", com câmara (Foto: Roberto Agresti)
Tecnicamente, a diferença entre os tipos é pequena. Nos pneus sem câmara, há uma camada interna chamada de “liner”, que funciona como uma espécie de capa que assegura maior retenção do ar. Além disso, no desenho do talão de um pneu sem câmara – nome dado às bordas do pneu, que encostam no aro de roda –, a área de contato com o aro é mais ampla, assim como também há uma tolerância dimensional limitada. Fazer um pneu sem câmara entrar na roda é sempre mais difícil porque essa folga é pequena, justamente para eliminar a chance de o ar escapar.
Estrutura de um pneu sem câmara (Foto: Divulgação/Pirelli)
As rodas devem ser específicas para pneus sem câmera, que são incompatíveis com as raiadas convencionais. De fato, apenas algumas maxitrail (motos de uso misto) contam com rodas raiadas projetadas para pneus “tubeless”. Nelas, o aro não é transpassado pelos raios como nas rodas raiadas das motos pequenas, o que permite a fuga do ar. A regra para saber se é ou não possível usar pneus sem câmara na sua moto é simples: se ela tem roda de liga, sim, vá em frente. Nas rodas raiadas, nunca use, salvo as exceções citadas e a não ser que você coloque câmara de ar no "tubeless" antes de instalá-lo. Um pneu sem câmara pode comportar uma, mas um que exige o item jamais funciona sem ele.
Consertos e trocas
A vantagem dos pneus sem câmara é indiscutível, e cada vez mais motos saem de fábrica com este tipo de pneu. A segurança é o aspecto mais importante, mas há outro bem significativo, o da praticidade na hora do conserto de um eventual furo. Regra número um: caso você tenha uma moto com pneu sem câmara e veja um prego ou algum outro “alien” espetado nele, jamais o retire. O prego serve como tampa do orifício e, enquanto ele estiver cravado ali, o ar que se perde tende a ser mínimo. Uma vez no borracheiro, o conserto de um pneu sem câmara não exige a sempre trabalhosa e demorada operação de retirada da roda, pois basta remover o vilão e inserir no furo uma espécie de “macarrãozinho”, componente específico que veda a fuga de ar. Você mesmo pode ter um kit com esse material e a ferramenta para aplicá-lo, o que não exige espaço nem grande habilidade.
Se tiver que trocar os pneus, leve sempre em consideração que, de simples, eles não têm nada. Antes de estarem prontos para uso, exigem experimentação de altíssimo nível, ou seja, testes de laboratório e de campo, uso extremo em pista e estrada. Por isso, é mais do que aconselhável confiar nos produtos de fabricantes renomados: pneus com marca de pneu, de marcas homologadas pelas fábricas de motos e usados como equipamento original.
A tecnologia aplicada ao projeto e construção dos pneus das motocicletas teve uma evolução brutal nas últimas duas décadas. Esse progresso pode ser visto não apenas pelo melhor comportamento dinâmico – leia-se maior aderência, poder de frenagem e durabilidade –, mas também pela grande resistência a furos e danos estruturais.
Pneus sem câmara devem ser a primeira opção tanto na hora da reposição como no momento da escolha da sua nova moto. No caso dos modelos sem rodas adequadas aos “tubeless”, é recomendável cogitar a troca das rodas: a despesa não é indiferente, pois um par de rodas de liga leve para uma 125/150cc pode custar cerca de R$ 500, cifra que é praticamente 10% do valor de uma moto zero km. Porém, tendo em vista a maior segurança e praticidade no conserto, a atitude equivale a contratar um anjo da guarda suplementar.
Fonte: G1.globo.com
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Fabricada especialmente para o transporte de tropas, a Zundapp KS 750 foi construída entre os anos de 1940 e 1944 para o Alto Comando Alemão. E para não terem gastos excessivos com manutenção, principalmente se ela quebrasse no campo de batalha, suas peças tinham 70% de semelhança com as da BMW R75 – que também foi outra motocicleta muito utilizada na Segunda Guerra.
Em quatro anos de fabricação, foram produzidas 18.695 unidades para o exército alemão. Suas principais características são: motor de 26 hp a 4.000 rpm, rodas traseiras e a do sidecar tracionadas, câmbio de 4 marchas, freios hidráulicos na roda traseira e no sidecar – primeira motocicleta equipada com esse recurso.
A Kundapp KS 750 ganhou o apelido de “elefante verde” pois tinha o torque tão alto que conseguia transportar quatro pessoas e ainda rebocar certas cargas pesadas.
Durante a Segunda Guerra Mundial o exército americano usou motos Harley-Davidson que eram chamadas de “WLA”. O motor era confiável para aquele tipo de situação no front, porém inadequado para os dias de hoje. Possuía três marchas e embreagem no pé.
A “WLA” teve uma réplica adaptada para os dias de hoje chamada de Warboy. Nela, uma Sportster 883 com quadro alterado e sistema elétrico de 12 V, lanternas, freios, câmbio, partida elétrica e motor V-Twin.
Para quem não prestou atenção, a “WLA” foi utilizada no filme Capitão América – O Primeiro Vingador (2011), e a Harley-Davidson fabricou cinco motos especialmente para a película. Durante a Segunda Guerra Mundial, a Harley despachou cerca de 90 mil motocicletas “WLA” para defender suas tropas contra a ofensiva nazista. Curiosidade à parte, a moticleta foi carinhosamente apelidada de “Libertadora”.
Você é uma mulher bonita, bem-humorada, inteligente, parceira e ama seu companheiro. E você pode ser tudo isto também na garupa de uma motocicleta. Moto não é sinônimo de perigo e desconforto. Para te mostrar isto, separei 17 dicas com pequenas atitudes para fazer você se sentir melhor em uma viagem de moto.
1Vista o equipamento correto
Capacete, calça, jaqueta, luvas e botas apropriadas, e em caso de chuva, capa de chuva. É sim um investimento, mas tudo na vida tem um dress code. Ou você vai a um baile de gala vestindo agasalho de moletom? No caso das viagens de moto, o motivo maior é a segurança. Não é porque você não está pilotando que deve ficar exposta a riscos e desconfortos. Tenha os equipamentos específicos para viajar de moto. Deixe a bota delicada e com salto para ser vestida quando você descer da moto e não for mais subir na garupa.
2Use uma boa jaqueta com proteções
As luvas, calças e botas de motociclismo têm proteções fundamentais para sua segurança. Vale uma atenção especial para a jaqueta, pois protege seus braços e principalmente seu tórax e todos os ossos e órgãos desta importante região. Existem muitas marcas com modelos lindos para mulheres, por exemplo: Spidi que tem corte italiano, clássico; Pharao que é uma marca alemã, com modelos ao estilo aventureiro; Fieldsheer, que tem preços ótimos; Olympia; Alpinestars e BMW. Se você for à Europa ou aos Estados Unidos, pode trazer de lá com preços melhores.
3Opte por Capacete escamoteável/articulado e no tamanho certo para você
Um capacete no tamanho certo para você é fundamental, firme e confortável. O articulado ou escamoteavel é a melhor opção. Você não precisará tirar ele toda vez que quiser falar e ser ouvida (e nós sabemos que você adora falar). Além disso, você enxergará seus bolsos, zíperes, poderá retocar a make ou protetor e etc., tudo isso sem tirar o capacete, bagunçar o cabelo e perder os brincos, bastará levantar a proteção do queixo. Mesmo com este capacete, não é correto levantar a viseira com a moto em movimento, principalmente a mais de 80 km/h. A viseira te protege de qualquer mosquito ou objeto que poderá vir da estrada.
4Use buff durante todo o tempo em que estiver na moto
Este lenço em formato de tubo é a salvação da mulher motociclista. Ele é leve, fácil de lavar e secar, e ajuda a manter seu capacete limpo por dentro, já que não deixa seus cabelos em contado com o forro. A forma mais simples de usá-lo é colocando-o pela cabeça e só deixando seu rosto de fora. Nas paradas ao longo do percurso, você pode tirá-lo ou usar como tiara, lenço de pescoço, etc.
5Suba pelo lado esquerdo da moto
Sempre que for subir ou descer da moto, avise o piloto e espere a confirmação dele. Quando ele autorizar, suba ou desça pelo lado esquerdo, de forma sutil e delicada.
Um dos jeitos que funciona para descer, é levantar-se da moto, mantendo os pés nas pedaleiras, apoiando as mãos nos ombros do piloto, e contornando a perna direta flexionada para trás enquanto você gira seu corpo para direita no sentido horário. Como se descesse um degrau, coloque seu pé direito no chão, com você de frente para a moto, e depois retire o pé esquerdo da pedaleira. Para subir, você deve usar o mesmo método.
6Seja companheira do piloto
Não é porque você ainda não ama moto, ou está com medo, que você precisa tornar a viagem de vocês um pesadelo. Tente entender que ele também quer se divertir em segurança. Portanto, conversem para entrar em acordo sobre o que te incomodar.
7Curvas
O importante é manter seu corpo próximo ao dele, e seguir naturalmente o movimento do tórax dele, inclusive nas curvas. Nem pense em "consertar" as curvas, você pode causar um acidente.
8Segure-se, mas não seja um caixote
Para colaborar, com a segurança, enquanto estiver na moto, não se mexa muito ou bruscamente e não desconcentre o piloto. Mas, não precisa ser uma múmia, vale fazer um carinho sutil. Não fique "solta" na moto, batendo seu capacete a cada frenagem e se jogando para trás a qualquer aceleração. Segure-se com os dois braços na cintura dele, na perna, na alça de trás da moto, enfim, onde se sentir mais confortável e segura. Suas pernas também são fortes aliadas, esteja com os pés bem posicionados e sem atrapalhar os pés do seu companheiro. Seus joelhos podem ficar levemente pressionados no quadril do piloto, o que te ajudará a seguir naturalmente os movimentos do corpo dele. Se você estiver atenta à viagem, perceberá, inclusive, os momentos de se segurar mais, e poderá relaxar um pouco nas outras circunstâncias. Uma forma confortável, é segurar na cintura do piloto, e nos momentos de frenagens, se segurar na barra de trás para não empurrar o piloto para frente.
9Peça e aceite feedback
Seja uma boa garupa, pergunte ao piloto o que você pode fazer para melhorar, e se esforce para evoluir. Você também deve dar feedback, para tornar a viagem de vocês boa para ambos. Aliás, não se ofenda com o que o piloto disser e seja gentil ao dar suas sugestões. A primeira vez que estive na garupa por 1.000 km em um mesmo dia, achei romântico. Então, perguntei ao meu namorado "como foi levar sua namorada na garupa?", imaginava ouvir que "foi a realização de um sonho", mas ouvi que "você mexe muito". Enfim, é melhor dar risada.
10Não durma
Parece piada, mas há quem durma na garupa. Nunca faça isso! Se você perceber que está ficando sonolenta, deixe o piloto avisado. Peça para parar para um café, vá mascando chiclete, tire fotos, cante sozinha, enfim, não se entregue ao sono. Uma opção para as garupas mais sonolentas é a instalação de um intercomunicador no capacete dela e do piloto.
11Tire fotos
Em muitos momentos é possível fazer boas fotografias com máquinas compactas ou máquinas de ação, sem se mexer demais ou bruscamente. O cordão que segurar a câmera ao redor de seu pescoço pode ser grande o suficiente para você esticar seu braço. Assim, você conseguirá fotografar objetos em distâncias e alturas diferentes e até fazer uma selfie do casal na moto. Quando não estiver utilizando a máquina, guarde-a dentro da jaqueta ou no bolso da jaqueta.
12Use bem seus bolsos da Jaqueta
O uso varia conforme os hábitos de cada pessoa. Mas, sugiro manter escova e pasta de dentes no bolso da jaqueta. É possível também levar um sachê pequeno de protetor solar, rímel (à prova d'água para não virar a panda motociclista, etc.), colírio, lenço de papel ou lenço umedecido, perfume em embalagem de amostra, uma bala que não derreta, documento em um saco plástico fechado, dinheiro e cartão, entre outros itens que são sempre bons de estar à mão, principalmente para as paradinhas de estrada. Enfim, com moderação, mas faça dos bolsos da sua jaqueta a sua bolsa.
13Frio e segunda pele
A roupa que você usará por debaixo da jaqueta é quase uma roupa invisível, pois em uma viagem longa, a maioria das vezes você estará vestida com a jaqueta. Porém, a roupa que usará por baixo é fundamental para o seu conforto, ao mesmo tempo em que é uma roupa que desgasta e suja. Todos recomendam que se use uma segunda pele adequada ao clima que for encarar, ou seja, inverno ou meia estação. No caso do verão, você pode vestir uma camiseta. Pessoalmente, sou adepta de malas muito enxutas. Para facilitar isso, para os dias dedicados à motocicleta, visto alguma blusa de manga comprida ou curta que seja confortável, barata e velinha ou com algum defeito. Assim, após usá-la uma, duas ou três vezes, eu posso jogá-la fora sem muito remorso. E ainda aproveito o trapinho para limpar o meu equipamento.
14Capa de Chuvas
Jaquetas, calças, luvas e botas podem ser muito estilosas e confortáveis. Mas, infelizmente, capas de chuvas não são. De qualquer forma, tenha sempre calças e jaquetas impermeáveis no baú traseiro da moto. As capas de chuvas podem ser de marca ou mais simples, como as utilizadas pelos motoqueiros urbanos. Minhas sugestões são para não optar pelo macacão, pela complicação ao ir ao banheiro; e para que escolham cores bem chamativas, com o fim de reduzir a chance de que outros veículos não vejam vocês por causa da redução da visibilidade na chuva.
15Bagagem, quanto menos, mais conforto. Leve apenas o necessário
Para uma viagem de 20 dias, com cerca de 15 dias na moto e 5 dias de descanso, é possível fazer uma mala bem enxuta e leve.
Sugestões: óculos escuros; vestuário completo para moto; 15 pares de meia "descartáveis"; roupas intimas confortáveis para os dias na moto, podendo ser descartadas; roupas íntimas para os dias de turismo sem moto; para a estrada, 4 camisetas de manga curta e 2 camisetas de manga comprida simples (ou segunda pele), sendo cerca de 50% delas descartáveis; roupas para passeios diurnos nos dias livres, podendo ser 2 calças, 1 calçado confortável, 2 blusas, 1 agasalho leve, 1 ou 2 echarpes e 1 conjuntinho de bijuterias conforme roupas escolhidas; roupas para os jantares que podem ser 2 conjuntos de roupas e acessórios que você reveze conforme uso, neste item você pode levar um saltinho e apenas um agasalho para outono. Os acessórios, como as echarpes, são fundamentais, pois com eles você muda o visual, usando as mesmas peças de roupas.
16Nécessaire
A nécessaire é muito pessoal, porém, algumas dicas podem servir para muitas mulheres. Como a dica das embalagens leves, pequenas e descartáveis, para você reduzir a bagagem ao longo da viagem. Leve shampoo e condicionador em frascos calculados para os dias de uso, ou troque o condicionador pelas ampolas de hidratação. Uma dica boa é não se desfazer dos sachês de amostra de perfumes, protetor solar e hidratante, assim, você leva apenas as porções necessárias. Selecione as maquiagens que de fato você usará, dando preferência para as que sejam à prova d'água, pois podem ser utilizadas na moto também. Se for levar fixador de maquiagem, penteado, demaquilante e removedor de esmaltes, opte pelas embalagens de bolsa, que são bem menores. Se você é mais detalhista, não se esqueça da pinça, alicate de cutícula, lixa de unha e esmalte da cor que estiver usando. Por fim, é possível fazer uso de protetor diário de calcinhas, assim, pode levar um pouco menos de calcinhas.
17Aproveite
Independentemente do quão rigoroso o clima for, ou da sua adaptação, esforce-se para aproveitar cada segundo e experimentar este novo estilo de viajar. Delicie-se com as paisagens. Lembre-se que talvez você não tenha outra oportunidade de ver o mundo tão de perto e com tanta dedicação. Aproveite a chance e faça as fotos mais marcantes de sua vida.
E por favor, volte planejando a próxima viagem e convidando as amigas.
Cecília Mendes Barros nunca teve carro, apesar de ter habilitação de caminhão. Tem 30 anos, 25 de garupa, 15 como piloto e já pilotou por diversos países, sendo a única mulher brasileira a chegar pilotando em Nordkapp, ponto mais setentrional da Europa. É mineira, motociclista, Head de Captação de Recursos da Fundação Abrinq, advogada e viciada em adrenalina, esportes e viagens. Em 2008 foi premiada entre os 20 jovens de maior destaque na área social no Brasil, e em 2009 foi premiada como uma das 20 jovens que causaram maior impacto social no mundo..